terça-feira, 26 de maio de 2015

Roda de Conversa com Éle Semog


Temos a honra de ter como convidado para a nossa próxima Roda de Conversa o poeta e militante negro, natural de Nova Iguaçu, Éle Semog! 

Como militante do movimento social negro, Semog participou de diversas organizações de combate ao racismo, lutou contra a ditadura militar e pela promoção da democracia. Na década de 1980, participou da fundação do Jornal Maioria Falante e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas - CEAP, onde também foi presidente. Atualmente é membro do Conselho Executivo do Instituto Palmares de Direitos Humanos e Secretário Executivo do CEAP. Seus poemas foram musicados pelos compositores Irinéia Maria, Teo de Oliveira, Mauro Marcondes e Laércio Lino. Semog acredita que a literatura exige militância e nesse sentido, como escritor, participou de muitas atividades durante a resistência à ditadura militar. Fundou os grupos Garra Suburbana de Poesia e Teatro; Bate-Boca de Poesia e Negrícia Poesia e Arte de Crioulo. Com esses grupos realizou recitais e oficinas de literatura em escolas, universidades, sindicatos, presídios, hospitais, associações de moradores de favelas, teatros, na rua e nos trens da Central. Semog organizou e realizou, juntamente com outros poetas o I, II e III Encontro Nacional de Poetas e Ficcionistas Negros Brasileiros, realizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. 



A Roda de Conversa será realizada nesta quinta, dia 28 de maio, na sala 309, bloco multimídia do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ – Campus Nova Iguaçu (próximo ao viaduto da Posse e garagem da Linave).


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Empoderamento Negro na Universidade: II Calourada Preta - Mariana/MG



Mês passado, nosso grupo esteve em Minas para o XV SudestePET, e descobrimos que também ocorreria nesse período o II Calourada Preta - O corpo negro que incomoda - no campus Mariana, também da UFOP. Felizmente, apesar de não termos organizado uma logística para participar dos dois eventos: conseguimos! A petiana Cátia Correia participou da Calourada Preta e dividiu conosco a experiência. 

“Na sexta, dia 10, pela manhã, na  mesa de debates sobre feminismo negro, com mediação das professoras Benilda Brito e Dulce M. Pereira, foram levantados os tópicos: Trans feminismo negro; valores afro diaspóricos; ancestralidade/singularidade/resistência/resiliência; SORORIDADE entre feminismo e feminismo negro; Marcha das mulheres negras; EPISTEMICÍDIO; e Autoras de textos literários e teóricos que auxiliam a mulher negra no seu processo de empoderamento (Ana maria Gonçalves, Carolina Maria de Jesus, bell hooks, Sueli Carneiro, Lélia gonzalez, Jurema Vernek, Beatriz Nascimento). As professoras deram depoimentos de como foi difícil o acesso até a formação acadêmica e a importância de abrir caminho através de lutas de acesso e permanência para a nova geração de jovens negros no Brasil. Foi uma experiência de identificação muito rica e construtiva, com espaço para troca e interação.

Havia uma exposição de fotos que tratava da transição capilar - processo de retirada de vestígios de produtos químicos do cabelo. Jovens do próprio campus cederam suas fotos do antes e depois e deram um depoimento do processo de transição capilar. A exposição valorizou a estética do cabelo crespo, característica do negro, e a importância de identificar suas raízes, reiterando a questão da ancestralidade.

A noite djs tocaram músicas de raízes negras, na atividade cultural que também contou com a presença de Raika dos santos, cantora, ativista e rapper negra, que traz em suas músicas a valorização do povo e da mulher negra!

Agradeço ao professor Otair e a todo grupo Petconexões por terem me permitido ter essa oportunidade, a interação e o convívio com os alunos da UFOP - Mariana me deu novo folego e fortaleceu ainda as minhas convicções de luta como negra, mulher, cotista e moradora de uma região considerada ‘periférica’ creio que a minha interação com os organizadores do evento foi uma troca mútua de experiências e incentivos, já que compartilhamos grande parte das pautas de luta. Seria muito interessante poder trazer esse evento para dentro da UFRRJ, e reafirmar a unidade de luta do povo Negro dentro das UFES. ”

Texto: Cátia Regina
Revisão: Stephanie Nunes

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