quarta-feira, 22 de abril de 2015

Integração e Conhecimento: XV SudestePet - Ouro Preto/MG



No dia 9 de abril, quinta-feira, após o almoço, nosso grupo embarcou, junto com outros grupos pet da Rural, com destino à Ouro Preto/MG para o XV SudestePET). Ainda no mesmo dia, chegamos na república que nos alojaria, a Oito & Oitenta, e fomos muito bem recebidos!




Durante a nossa estadia para o evento, tivemos a oportunidade de vivenciar outras experiências, como acompanhar e registrar a gravação da entrevista do nosso tutor para a rádio Neab (Núcleo de Estudo Afrobrasileiro) da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto). Além da experiência de conhecer como é feita uma gravação de um programa de rádio, tivemos a oportunidade de conhecer todo o setor de Comunicação, após a gravação. Conhecemos a TV, o local onde são gravados outros programas da rádio, assessoria de imprensa e gráfica da UFOP, guiados gentilmente pela Daniele. Confira mais aqui!






Escolhemos conhecer a Mina do ChicoRei, entre os inúmeros passeios em que o evento oferecia o transporte. Na visita guiada pela mina nos surpreendemos com a engenharia desenvolvida pelos escravizados: o teto era curvo, se sustentando sem uma coluna sequer. Uma característica da mina é que as paredes eram feitas por uma espécie de minério de ferro úmido. Em alguns trechos só era possível passar abaixado, ali as crianças escravizadas passavam mais facilmente que os adultos, elas também trabalhavam na mina… Até quem não sofre de claustrofobia, adentrando os 300 metros da mina, é possível sentir a sensação angustiante de estar enclausurado. A angustia nos dá a dimensão do sofrimento passado pelos negros escravizados, trabalhando dia e noite apenas para o enriquecimento de seus sequestradores. Sempre devemos lembrar que toda a riqueza e ouro conquistada durante o período escravocrata foram conquistados com os esforços e o sofrimento dos negros escravizados, apesar da história não ter sido escrita por eles, devemos reescrever a história sobre uma outra perspectiva, muitas vezes invisibilizada.






Na abertura oficial do evento, já de início, fomos contemplados com uma versão do hino nacional tocada em diversos ritmos brasileiros, remetendo a proposta de integração como uma temática dessa edição do evento.

Também participamos do GDT (grupo de discussão e trabalho) Pet na graduação, de onde saíram ideias para proporcionar uma melhor troca entre os grupos Pet e os cursos, cujas as resoluções foram encaminhadas para a assembléia


Já no encontros por área, participamos do tema Ensino e Educação. O encontro possibilitou uma troca de experiências entre os grupos: contamos sobre o nosso projeto da oficina (Re)descobrindo a Baixada, que inclusive foi o tema de um de nossos trabalhos, e ouvimos sobre os projetos dos outros grupos. Foi possível observar que todos tinham em comum a relação com a comunidade do entorno das respectivas universidades dos grupos, característica que também foi possível observar nas apresentações de pôsteres. 

A exposição dos pôsteres é um momento muito interessante dos encontros dos grupos pet, seja regional, nacional, etc, pois possibilita que os grupos conheçam os trabalhos dos outros grupos pet e estabeleçam parcerias, ou simplesmente troquem ideias.




O evento, como um todo, teve um saldo bem positivo: um evento muito bem organizado, bem pensado desde os alojamentos a pontualidade das atividades. Além da ótima organização do evento, não podemos deixar de lembrar da acolhedora receptividade mineira. Apesar das muitas ladeiras que tínhamos que subir e descer, a beleza da cidade e a receptividade dos habitantes compensaram, e muito!


Por: Stephanie Nunes

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