terça-feira, 22 de novembro de 2011

Passeio ao Museu da Língua Portuguesa e ao Museu Afro-Brasil – São Paulo

 
No dia 04 de novembro de 2011, a turma do PET, juntamente com alguns convidados e acompanhada dos professores Otair Fernandes e Ahyas Siss desembarcou na cidade de Sampa.




 




















O passeio para São Paulo era parte integrante do cronograma de atividades previsto pelo professor Otair Fernandes. O ônibus que saiu da UFRRJ campus Nova Iguaçu às 23h, com cerca de 45 pessoas, teve sua parada no Museu da Língua Portuguesa, Estação da Luz às 06h30 da manhã. Depois de o grupo tomar café, aquardamos até às 10h para entrar no museu que estava recebendo uma exposição sobre Oswald de Andrade.








O Museu da Língua Portuguesa, que foi inaugurado em 2006, conta com algumas exposições permanentes, entre elas a linha do tempo da Língua portuguesa, painéis interativos e exposição de objetos de povos que contribuíram de forma significativa para a formação do nosso idioma. Assim que chegamos ao Museu, fomos encaminhados para uma sala onde durante aproximadamente 15 minutos assistimos a um vídeo, em que se tem a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história da nossa língua. Em seguida, na Praça da Língua, uma sala em anexo, através de efeitos tecnológicos de última geração, acontece a narração de poemas, trechos de músicas e textos sob as diversas vozes de pessoas que de fazem parte da cultura brasileira, dentre as quais se pode citar: Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele e ainda  Rappin’ Hood declamando Gregório de Matos.






Ao longo dos segundo andar do prédio, os visitantes puderam penetrar no Mapa dos falares, interagir com telas que contam um pouco da história dos indígenas e povos africanos, conhecer suas etnias, onde vivem, seus costumes e seus falares entre outras informações. Também é nesta sala que se encontra a Linha do tempo da língua portuguesa no Brasil e no mundo, palavras que desapareceram com o tempo, palavras que permanecem desde a antiguidade. Também há a exposição permanente de peças de cada povo que contribuiu de alguma maneira com a língua daqui. Encontramos nessa galeria, roupas da Espanha, artefatos indígenas e objetos da cultura africana. Ainda neste andar o grupo pôde se divertir com a etmologia das palavras através de um jogo em uma mesa gigante onde os participantes precisam unir palavras de origem diversas.



Já no primeiro andar, a exposição temporária “Oswald de Andrade: O culpado de tudo” estava em cartaz atraindo o olhar de dezenas de pessoas, entremeando obras de Tarsila do Amaral e frases emblemáticas que remetiam à figura de um dos realizadores da Semana de 1922. Vale lembrar que a exposição tem curadoria de José Miguel Wisnik e fica no espaço até 30 de janeiro de 2012.




Parque do Ibirapuera, dia lindo de sol, o ônibus chega para mais uma etapa do passeio do grupo PET/Conexões: visitar o Museu Afro-Brasil.




O Museu Afro-Brasil foi inaugurado em na cidade de São Paulo, foi um projeto idealizado pelo artista plástico baiano Emanoel Araújo e possui um acervo de mais de 5.000 peças. A visita é guiada ao longo de 75 minutos e depois os visitantes podem continuar a desvendar por si só os mistérios deste belo lugar com tanta história para contar.


O grupo precisa ser dividido em dois afinal é muito grande, perspassa-se a exposição temporária que fala d’ “O sertão: da caatinga, dos santos, dos beatos e dos cabras da peste”. O guia explica que todas as visitas iniciam-se pela parte mais importante do museu, mas em contrapartida a que é mais vítima de preconceitos, a parte da religião afro-brasileira. 
Logo a frente se encontra também as esculturas africanas, feitas em grande maioria, de madeira e com algum simbolismo, em geral a mulher está sempre retratada, pois dela vêm uma grande força: a fertilidade. Mas um dos itens que mais chama a atenção dos visitantes é a sessão das máscaras africanas. As máscaras que além de serem enormes, parecem muito pesadas e são utilizadas em várias ocasiões: caça, dança de agradecimento e diversos rituais.  

Ainda pode-se encontrar uma galeria com fotos de grandes ícones da história brasileira que às vezes não chegam para o grande público como negros, afinal, a sociedade ainda tem uma estranha mania de embranquecer grandes nomes. Nesta galeria temos: Lima Barreto, Machado de Assis, Carlos Marighela e Gonçalves Dias, para citar alguns nomes.
Mas uma das salas que mais emocionam, senão a mais emocionante é a sala da escravidão. Essa é uma sala onde temos exposto os diversos instrumentos de tortura que eram usados durante os séculos de escravidão negra no Brasil. Há também fotos de como seria um navio negreiro no início das “grandes” navegações, as mercadorias pelas quais os negros eram comprados, e a mais triste constatação de que ainda hoje, século XXI pessoas vivem como escravas, ou são tratadas como tal, como as fotos denunciam.

Mas logo em seguida vê-se uma sala onde há dezenas de artefatos que foram trazidos pelos negros para o Brasil, e demonstrou o quanto eles eram inteligentes e criaram ferramentas e instrumentos que contribuiriam de alguma maneira para a sociedade escravocrata da época. 

O Museu Afro-Brasil fica dentro do Parque do Ibirapuera e soubemos pelo guia, que uma filial será inaugurada em Salvador ainda este ano. Nada mais justo, afinal o curador, Emanoel Araújo é baiano.


E assim o grupo PET/Conexões de Saberes da Baixada Fluminense se despediu de São Paulo, preparando suas malas para desembarcar em outros locais onde o conhecimento possa estar  presente.

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