domingo, 22 de abril de 2012

Visita ao Museu Vivo São Bento

Dia 12 de abril o grupo PetConexõesIM_Baixada realizou um passeio maravilhoso incluindo muita história, e como sempre, muito conhecimento.

A visita ao Museu Vivo São Bento, também chamado de Museu de percurso, já que o trajeto até a chegada ao Museu é utilizado para contar um pouco da história do lugar, foi guiada pela professora Marlúcia Santos.

Iniciamos o trajeto pelo Parque Nova Esperança, um bairro às margens do Rio Iguaçu, que nasce na Serra do Tinguá e desagua na Baía de Guanabara. O rio, que na época da colonização servia como uma das rotas para escoamento dos materiais aqui produzidos e tinha as águas límpidas, atualmente é vítima da intervenção humana no território, e se encontra extremamente poluído.

Saindo do Parque Nova Esperança, chegamos até a Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, conhecida como FEUDUC, a instituição abriga uma casa que até o século XVIII serviu como a casa do administrador da Fazenda São Bento.

Em seguida fomos conhecer uma exposição que contava um pouco sobnre o trabalho escrvao na Fazenda São Bento e citava a existência de quilombolas na Baixada Fluminense. Esses, além de nunca terem sido encontrados, como foi o Quilombo de Palmares tinha grande mobilidade ao fugir das intervenções do exército que o Imperador enviava para exterminá-los e não estva em isolamento. Eles se locomoviam pelas águas do Rio Iguaçu e praticavam trocas de mercadorias com comerciantes da região. Podemos conhecer um pouco mais lendo o trabalho do pesquisador Flávio Gomes "Comunidades Quilombolas no Rio de Janeiro".

Já na Era Vargas (1930), a Fazenda serviu a Empres Pró-Melhoramentos da Baixada Fluminense. A Baixada passou a ser lugar para abastecer de água o Rio de Janeiro.

A Fazenda também seria um Núcleo Colonial. Com a perda do posto de grande produtor de café para o estado de São Paulo, o Rio de Janeiro passou a diversificar a produção agrícola e com isso foram criados os núcleos coloniais, com a finalidade de assentar as pessoas que vinham para a capital em busca de emprego.

O passeio teve continuidade na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, no bairro do Pilar. A Igreja que data de 1797, e é tombada como Patrimônio Histórico Cultural do IPHAN tem vários altares internos, e ao centro da Igerja temos o altar-mor.

Terminamos o dia conhecendo um pouco mais de um povo que viveu aqui cerca de 4.000 anos atrás, comprovados pelo método carbono 14, os sambaquis.
Os sambaquis foram um povo que viveram naquela região. Eeram em sua maioria caçadores e coletores e se alimentavam do que encontravam no mar (mariscos, crustáceos, conchas), e ao se alimentarem iam juntando os restos dos alimentos, por isso receberam dos tupinambás, seu sucessores na região, o nome de sambaquis, que em tupi quer dizer amontoado de conchas.



















A região tem tanta história que seria impossível contarmos todas aqui nessa página ou descobrirmos todas em um único dia. O que é certo é que a Baixada Fluminense sempre serviu aos interesses de outrem. Primeiro fornecemos alimentos, madeiras, depois água e nos dias de hoje é a nossa mão de obra, em sua maioria, que abastece as grandes empresas no Rio de Janeiro. E ainda assim somos tão discrimandos e vistos como uma parte do Rio de Janeiro menor ou que não tem história.  Centro? Periferia? Quem saberá onde estão os limites dessa linha tão tênue?

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